Sabes aquela música antiga, daquelas que tocam e te fazem parar por um segundo porque pumba, és logo teletransportada para os tempos em que a vida era mais simples? 🤔

Foi assim comigo quando ouvi “A minha casinha” dos Xutos & Pontapés.
De repente estava de volta àquela casa modesta, onde o tempo parecia andar devagar, onde podia ser "chata" com tudo e todos (benefícios de ser a mais nova 😝), e o maior stress era decidir quem ficava com o comando da televisão.

E é por isso que este blog se chama Alegre Casinha! 😁
Porque não é só uma morada — é um estado de espírito, uma nostalgia boa, uma paz interior que… sinceramente, tenho vindo a cultivar novamente nos últimos anos. 🙏💙

Hoje em dia, a minha mente parece um fórum online a discutir se o ananás na pizza é aceitável. 😅
Está tudo ao molho, ninguém se ouve, toda a gente tem razão, e no fim continuo com fome — de paz, de foco e (vá) talvez de comida, na realidade.

Sentei-me a pensar:
vale mesmo a pena perder a sanidade por um pedaço de ananás?



E não é só sobre comida, claro.

É sobre tudo aquilo que deixamos entrar na nossa cabeça sem filtro — preocupações, expectativas, comentários alheios, notificações que tocam mais do que o despertador...

Mas e se fizéssemos diferente?

E se procurássemos mais vezes a nossa “Alegre Casinha” interior?

Aquele lugar onde não temos de provar nada a ninguém. Onde podemos ser só nós — com ou sem ananás, com ou sem certezas.

Porque sim, discutir sobre pizza pode ser divertido (e às vezes até necessário para perceber quem são os verdadeiros amigos), mas viver constantemente em modo alerta? Não, obrigada.

A paz é o topo do nosso mundo.
E não, não precisa ser uma mansão — basta ser um cantinho onde te sintas tu. 😉

É ótimo termos tantos pensamentos como o Pessoa tinha heterónimos, mas é fundamental sabermos qual deles devemos ouvir.
Lembra-te: o teu lugar, a tua essência. 😘

Se quiseres entrar no espírito, espreita aqui a música que me inspirou tudo isto:
A minha casinha – Xutos & Pontapés