Eu sinto que, muitas vezes, esqueço-me de como se respira...
"Ah, mas estás viva, por isso respiras", lá diz a minha mente. Duh… se estás em piloto automático, óbvio que o fazes, né? 😏
Ainda hoje, de tão absorta nos meus pensamentos, tive que parar e simplesmente relembrar como respirar. Sim, relembrar. Porque parece que vivemos numa corrida desenfreada, onde parar se tornou quase um pecado.
Quantas vezes ouvimos que não podemos parar? Venham os YOLOs (You only live once = só vives uma vez), os influencers que postam a cada 5 minutos, as newsletters intermináveis que afundam o meu email (já rebatizado de “caixote de lixo” 😂)...
E vocês? Em que momentos sentem essa pressão?
Eu, quando respiro, só penso: Finalmente, aqui estou eu. É aquele prazer simples, como chegar a casa, vestir o pijama e ficar de preguiça sem culpa.
Mas afinal, para quê tanta pressa? O que realmente ganhamos com isso? Quando olho para os mais velhos, o que vejo são arrependimentos. Uns por terem trabalhado demasiado, outros por acharem que deviam ter feito mais. Mas o que é fazer mais e o que é fazer menos? Desde quando ser famoso vale mais do que ser dona de casa, coveiro ou qualquer outra profissão?
Se pensarmos bem, o arrependimento nasce exatamente dessa pressão. Ele acontece quando ignoramos a nossa vontade para agradar expectativas alheias. E antes que alguém venha com "Eu não queria era trabalhar" ou "Eu queria era ganhar o Euromilhões", calma… estamos todos no mesmo barco. Diria até que na mesma posição do Jack no Titanic, a olhar para aquela porta enorme onde claramente cabiam os dois. Mas enfim. 😆
A verdade é que o que podemos controlar são as nossas decisões e emoções. Remar a favor da maré é fácil, mas ir contra… bem, isso já são outros quinhentos.
Por isso, sim, só vivemos uma vez. E exatamente por isso, prefiro ir no meu ritmo, um passo de cada vez. Claro que vou errar – quem nunca ignorou o GPS ou desafiou os pais? 😂 Mas é assim que aprendemos.
Não vivam para agradar os outros. Vivam alinhados com a vossa realidade, o vosso propósito. Afinal, a vida não é uma corrida. É uma viagem.
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