Não sei se é algo universal, mas ainda hoje ouço dizer a crianças:

“Bate no chão que fez dói dói!”



E até faz sentido — afinal, foi o chão que ousou atravessar-se no nosso caminho depois da queda provocada pela nossa própria trapalhice 😆

Lembrei-me disto ao recordar algumas cenas minhas (em adolescente e adulta), e reparei que bato nos mesmos problemas vezes sem conta... 🤔
E não, não estou a bater literalmente nas pessoas — apesar de às vezes haver pensamentos suspeitos 😏

A verdade é que muitas vezes crio obstáculos, depois personifico-os em vilões, e pronto: lá vou eu escrever enredos onde as culpas estão sempre do lado de fora. Às vezes os vilões até se cruzam em trilogias e criam multiversos emocionais. 👀

Atenção, isto não significa que não existam verdadeiros obstáculos. Apenas que temos que pegar nos problemas e mudar de perspectiva. Nem é preciso fazer o pino, basta que:

  • Fala com alguém de confiança, só para ver o que acha 📣
  • Escreve sobre o assunto e dá-lhe uns dias para repousar antes de analisar ✍️
  • Vai caminhar, ouvir música ou fazer algo que adores. Ajuda a limpar o nevoeiro 🧘
  • Come ou bebe água — sim, às vezes só estás com fome ou sede 🥤

Lembra-te que os vilões (quando são pessoas) também têm as suas versões da história. E... às vezes, somos nós o vilão na história de alguém. 😅

Não significa que tens que concordar apenas dar a entender o teu lado e tentar compreender, se possível. Se não der, está tudo bem! Não temos que agradar a gregos e a troianos 😁

Por isso, não vás pela lógica de "Ah, eu tenho imensos problemas" e passes a vida a "bater" nestes — porque, no fundo, és tu quem mais se magoa com isso 🙃

No fundo, a ideia não é ignorar os problemas ou fingir que não doem.

Mas talvez, em vez de “bater no chão”, possamos simplesmente levantar, sacudir o pó e perguntar ao chão o que é que ele queria ensinar.

Às vezes, o tal "dói dói" traz mais lições do que castigos. E isso... já é um superpoder 💙